quinta-feira, dezembro 15, 2011

Aquele homem triste…

Sibila a serpente

Sapos coaxam sem parar

Movimentada mata

Caminha o homem na imprecisa hora

Reagem os inquietos moradores do lugar

Impropriamente o homem continua em frente

Abutres espreitam-no

Que faz alguém em campo que não é seu?

A noite escura o invadiu

Todos os espaços lhe pertencem

E isso é tudo o que ele julga possuir

Nem as feras ousam encarar

Insetos sentem-se atraídos,

Mas não a ponto de satisfazerem sua sede de sangue

O sangue daquelas veias é frio demais

O homem chegou ao fim

Caminha sem temor

Chegou ao limite do medo e da dor

Por isso pode seguir sem receio

Sepultou finalmente o senso de preservação

Resultado da vida,

Sem limites;

Sem desafios;

Sem respostas.

Com o corpo envolvido em trevas

Caminha o homem que desistiu de tudo

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Mulheres em Trânsito
Sou alguem que aprendeu enfim a penetrar na profundidade do meu eu. Tenho descoberto diversos tesouros escondidos Coisas que quis ser e não fui. Como ainda respiro, provando estar viva, vou ser o que quero ser. Não sei se isso explica quem sou eu. Pois nem que eu usasse os 1200 caracteres permitidos, conseguiria dizer quem sou eu. Sou criança ainda estou aprendendo.
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