quarta-feira, março 10, 2010

Mulheres!

Caras amigas, aí vai um texto - meio que atrasado - homenageando nós, mulheres. As que são, e as que serão. Porque não se nasce mulher, torna-se. Quase como que um super poder, de uma hora para outra a mulher dentro de nós brota, instantaneamente, sem aviso. E de repente... Puxa! Aí está você, Mulher. Mulher essa que nunca nos deixa na mão, muito pelo contrário. Quando nós mesmas esquecemos de quem somos, de quem fomos, quando estamos lá, sem mais defesas, a tal surge dentro de nós, levanta-nos, roda a baiana, sacode a poeira e lá vai. No momento que o homem faz como o avestruz - faz um buraco e se esconde - a mulher faz como o pavão - arrebita o rabicó, e vai com tudo. E sem perder a classe, com a verdadeira graça de ser o que é. Ela, quando mais precisa de força, tira de onde não tem, aguenta firme e se redescobre... Mulher.
A todas as mulheres que eu conheço: lindas, guerreiras, fortes, inteligentes: minha sincera admiração. Nós merecemos, e sabemos o porquê.

E agora, um texto sobre as mulheres que eu achei lindo:

Edson Marques


Não me bastam os cinco sentidos para perceber-lhes toda a beleza. Não me bastam os cinco sentidos para viver com totalidade o mistério profundo que elas trazem consigo. Eu tenho é que tocá-las, cheirá-las, acariciá-las, penetrar-lhes o sorriso, sentir o seu perfume, beijar-lhes o céu da boca, ouvir suas histórias, transformá-las em deusas. Tenho que dar-lhes o amor que o meu corpo conduz e sustenta-me a alma. O belo amor natural de todos os corpos e almas e coisas do mundo. Como espelho de paixões em labareda, tenho que sentir nos seus olhos um raro brilho diamante.

Eu as respeito e as venero, com a graça de um cisne satisfeito nadando num lago tranqüilo e a ousadia de um touro selvagem recém-despertado. Não lhes faço perguntas, não as pressiono por nada, não quero mudá-las jamais. Sempre imagino o que possam sonhar, e procuro suavemente entrar no sonho delas. Cavalgo o vento para visitar-lhes as razões, as emoções, as loucuras. E como um deus escandaloso e surpreso por sua própria criatura, eu entro então no coração de cada uma delas, deliciosamente, como se entrasse numa pulsante catedral. Mergulho na essência dos seus desejos e cada vez me espanto mais com tanta fantasia, com tanta formosura. Os cinco sentidos, por não serem precisos, ainda não bastam, e eu preciso mais do que isso para compreendê-las.

Toda mulher
é silenciosa por dentro. A existência pura se manifesta em cada detalhe. Assim na terra como no céu, amar as mulheres é uma experiência religiosa. E eu as amo, fina substância, como deve amar quem ama de verdade - incondicionalmente. Sem ciúmes. Eu amo as morenas, as loiras, as baixinhas, as altas, as lindas, as quase feias. Amo as virtuosas, as magras, as gordinhas, as diabólicas, as tímidas, e até as mentirosas. As iluminadas, as pecadoras, e as santíssimas. Amo as virgens, as pobres, as ricas, as loucas, as muito vivas, as inocentes. As bronzeadas pelo sol, e as branquinhas. As inteligentes, e as nem tanto. Desde que sensíveis, eu amo as jovens, as velhas, as solteiras, as casadas, as separadas. As bem-amadas, e as abandonadas. As livres, e as indecisas. E se me dessem o poder, o tempo, e, principalmente, a chance, eu a todas elas daria, todos os dias, um orgasmo cósmico e sublime. Poeticamente.

Apanharia flores silvestres, tomaria sol com todas elas. Andaríamos descalços na areia, contemplaríamos crepúsculos cor de abóbora, jantaríamos à luz de velas, dançaríamos, tomaríamos vinho branco, olharíamos as estrelas. E eu lhes faria poesias de amor. Puro como um anjo, amaria cada uma delas eternamente — uma por vez. Com delicadeza, com doçura, com profundidade, com inocência. Entusiasmado, como se cada uma fosse a única. Como se no mundo inteiro não houvesse mais nada, nem ninguém.

Todas as noites, passaria cremes e encantos no seu corpo. Falaria sobre fábulas, contaria histórias românticas, as veria dormir. Ao som de Vangelis, velaria por um tempo o sono delas, e de madrugada, antes do sol raiar, antes do primeiro pássaro cantar, as cobriria com o resto de luar que ainda houvesse, e sairia em silêncio. Como um felino lógico, sensual e saciado, deslizaria pelo cetim azul-celeste dos lençóis, saltaria por sobre todas as metáforas -- e sorrindo iria embora.

Enfim, se fosse Deus, eu com certeza não mais cuidaria do universo e dessas coisinhas banais. Não iria ficar controlando o destino das pessoas, o tempo, a pressa, os compromissos, as horas, o caminho dos planetas, a economia, o cotidiano, o infinito, a Internet, a geografia... Não!

Eu somente iria amar as mulheres, como elas merecem. E como nunca foram amadas.

Só isso, definitivamente. Nada mais, nada mais!

domingo, março 07, 2010

Nós Complicadas?

quarta-feira, março 03, 2010

As Borboletas - Poema lindíssimo de Ithalo Furtado.

Em busca de lindas borboletas tive a sorte de encontrar este lindo poema, digno de citação.

"As borboletas - de Ithalo Furtado"

"Cada um de nós
É uma explosão de lágrimas
É uma prisão de sonhos
Céu e abismo
Eterna casa em construção 
Cada um de nós
É conseqüência
De todo amor e indiferença
Que a gente em alguma parte da vida
Não conseguiu disfarçar
Quem agora guardará nossos segredos?
Quem velará nosso sono inteiro?
Quem pode me mostrar a calma contra esse louco afã?
Quem me dará o calendário de todos os amanhãs?
Mas, pro meu coração, todo dia
É uma página a ser escrita
Pois somos livro da nossa própria vida… 
Cada um de nós
Carrega a certeza cega
De que a tentativa
É alheia a entrega
E cada um sabe que é escuridão e luz
Daquilo que produz
Cada um de nós
É sábado de Cristo
É de segunda a segunda escravo de um poema
E crava o coração com o peso de sua pena
Cada um tem a força e a fraqueza
Que escolheu pra si quando teve a chance
De mudar toda a história com um simples gesto
Cada pessoa que sente que é de rocha
Essa poesia que cai ao chão como nuvem
E brilha feito o vagão de um trem de vaga-lumes
Tem a sensação de tocar estrelas
E desfazer-se em sonhos de algodão
Com as asas que a gente inventa quando canta uma canção
Com as asas das borboletas
Que bordam no céu com seus vôos lentos
Nossa oração"

http://poesiadiaria.wordpress.com/2009/08/27/as-borboletas/
terça-feira, março 02, 2010

Pedaçinho do meu diário.


Dia seguinte - Sinto como se uma nova mulher estivesse sentada aqui. Foi coisa de uma frase, ou a falta da mesma e meus olhos foram abertos. Sinto-me bem, apesar de tudo, pois nunca gostei de desconhecer o que a mim se refere.
Pena que esses encontros com novas mulheres internas, aconteçam à base de choro. E tem gente que ironiza as pessoas que choram! Dizem até que são fracas! Eu não quero nem me preocupar, com o que pensam eles por ai... Mal sei o que penso! São tantas coisinhas miúdas que aconteceram de ontem para hoje, que nem quero registrar para a posteridade. Nem sequer desejo reler mais tarde.
A nova mulher que surgiu, meio que do nada, que gosta de batons e botas de salto alto, não quer que eu rememore os acontecimentos. Ela disse-me: “Você e eu somos uma só, a minha maneira de ver as coisas é que é mais divertida, então comece a me seguir”...
Não disse na hora, mas digo agora, como é difícil te seguir e me deixar para trás.
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Mulheres em Trânsito
Sou alguem que aprendeu enfim a penetrar na profundidade do meu eu. Tenho descoberto diversos tesouros escondidos Coisas que quis ser e não fui. Como ainda respiro, provando estar viva, vou ser o que quero ser. Não sei se isso explica quem sou eu. Pois nem que eu usasse os 1200 caracteres permitidos, conseguiria dizer quem sou eu. Sou criança ainda estou aprendendo.
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