De lagartas a borboletas

Quando sigo a caminho do trabalho vou reparando no comportamento das pessoas. Geralmente sinto compaixão com os trabalhadores que entregam folders. São evitados a todo custo. Algumas pessoas que esqueceram ou não tiveram tempo suficiente para tomar distancia, procuram manter a distancia assim mesmo, e dificilmente os olham.

Não acho também muito interessante encher as mãos de panfletos, mas não custa dar uma olhada, alguns são importantíssimos. Cheguei a fazer faculdade; bem tarde, diga-se de passagem, graças a um folheto que caiu em minhas mãos, e que me aguçou a vontade de voltar a estudar. Se de tudo não interessar, fique com eles nas mãos e na próxima lixeira você joga. Não precisa fazer isso na frente do entregador. Ele ou ela também estão trabalhando.

Agora tem duas moças que oferecem consulta gratuita de dentista e as pessoas olham pra elas, (quando olham), como se estivessem profundamente aborrecidas. Existem milhares de pessoas querendo ao menos a oportunidade de saber como andam seus dentes, e aqui onde oferecem o serviço gratuitamente, se recusa. Elas estão posicionadas na Rua Jeronimo Coelho, de manhã à tarde.

Quanto ao dentista, não sou patrocinada por eles e nem os conheço, pois já tenho o meu dentista.

Carol é uma das garotas citada acima, achei-a tão bonita, que com seu consentimento, ilustrarei essa prosa. Essa menina ficaria muito linda em uma passarela.