sexta-feira, maio 21, 2010

Um dia qualquer

Quero apertar em uma gaveta nova, todo o passado. E a gaveta precisa ser nova, para que agüente toda a bagagem que meterei nela. Depois quero trancá-la com fechaduras reforçadas, a melhor da praça, que não enferruje e que não ceda se forçada. Precisa ser imune a ferrugem, pois pretendo jogá-la no oceano mais profundo. O oceano que me desculpe, por jogar mais tranqueira nele. Esqueci-me de dizer que a gaveta vai ficar encerrada dentro da caixa de metal, que estou confeccionando. Portanto mais material para que o mar retenha. Espero com isso, livrar-me para sempre, de todas as lembranças desagradáveis.
Para as boas recordações montei caixa especial, e ela fica aberta em cima do toalete, visível e à mão. Qualquer um pode enxergá-las e se divertir, já que existem um bocado de crianças brincando, sorrisos e abraços. Muitos pores e nasceres de sol. As diversas constelações estão soltas e brilhando dentro da caixa. Tem até a lua em suas quatro fases. É um espetáculo de cores, sons e imagens. Minha caixa especial pode não ser imensa, mas tudo está bem organizado, equilibrado, perfeito e em miniaturas.


(Dividindo meu diário secreto)

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Mulheres em Trânsito
Sou alguem que aprendeu enfim a penetrar na profundidade do meu eu. Tenho descoberto diversos tesouros escondidos Coisas que quis ser e não fui. Como ainda respiro, provando estar viva, vou ser o que quero ser. Não sei se isso explica quem sou eu. Pois nem que eu usasse os 1200 caracteres permitidos, conseguiria dizer quem sou eu. Sou criança ainda estou aprendendo.
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